Mostrando postagens com marcador Chaka Khan. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Chaka Khan. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Chaka Khan

Yvette Marie Stevens nasceu em 1953, no estado norte-americano de Illinois. Criada no seio de uma família sem passado artístico, a jovem tinha, no entanto, os discos de Billie Holiday e o piano da sua avó para exercitar uma vocação que despertou cedo. Aos 11 anos, a viver na cidade de Chicago, a pré-adolescente forma o seu primeiro grupo, as Crystalettes. Seguem-se os Shades of Black e, já depois de a cantora deixar o liceu e sair de casa, os Babysitters - banda que, no início da década de 80, se vê orfã, com a morte do seu mentor, Baby Huey.
Na altura, Yvette Marie era já Chaka Khan, em virtude do nome que, em 1966, um político africano lhe atribui, e do apelido que passa a ter em comum com Hassan Khan, tecladista dos Staple Singers com quem casa, pouco tempo depois de começar a viver sozinha.

Envolvida, enquanto jovem, no movimento político Black Panthers, Chaka Khan ganha maior notoriedade ao integrar a formação do grupo liderado por Kevin Murphy e Andre Fisher, ex-American Breed: os Rufus. Boa amostra do poderio vocal de Chaka Khan enquanto jovem, os discos desta banda servem de projecção para a artista que, com uma versão de "Maybe Your Baby", incluída na estreia homónima do grupo, chama a atenção da lenda Stevie Wonder, com quem vem a colaborar mais tarde.
Questões de protagonismo acabam por causar desistências e mudanças de alinhamento nos Rufus que, ainda assim, conseguem fazer a primeira parte de alguns concertos dos Rolling Stones em 1975. Dois anos depois, o álbum "Ask Rufus" atinge a marca da platina e antecede a primeira investida de Chaka Khan nos discos a solo. Lançado em 1978, "Chaka" torna-se um sucesso à conta da faixa "I'm Every Woman", original de Ashford e Simpson, mais tarde popularizado por Whitney Houston. E é à mesma dupla de compositores que Chaka Khan vai buscar "Clouds", canção que abre "Naughty", o segundo álbum a solo de uma carreira que o fantasma dos Rufus continuava a assombrar, mercê de um contrato que a ligava à banda por mais dois discos.

Depois do morno "What Cha Gonna Do For Me", de 1991, Chaka Khan recebe o convite de Lenny White, baterista de longa data de Chick Corea, para ser a voz de um disco de jazz tradicional, "Echoes of an Era". Grande fã deste género musical, a artista aceita a proposta, antes de, em 1983, se despedir definitivamente dos Rufus com o sucesso "Ain't Nobody", recuperado para a colectânea "Epiphany: The Best Of Chaka Khan", lançado em 1996 para resumir os melhores momentos da cantora.
Aos 30 anos, Chaka Khan regressa aos álbuns com "I Feel For You", registo que se desenvolve em redor da faixa homónima, uma versão de uma canção de Prince, incluída no seu disco de estreia. A junção da música do génio de Minneapolis à voz de Chaka Khan e à ajuda de Stevie Wonder faz furor nos EUA e também no Reino Unido, valendo à norte-americana o seu primeiro Grammy.

Seguiram-se colaborações com David Bowie, Eric Clapton e Steve Winwood, bem como tentativas infrutíferas de enquadrar o som de Chaka Khan na dance music do final dos anos 80. Em 1990, e a convite do produtor Quincy Jones, a cantora grava "I'll Be Good to You", original de Ray Charles que lhe garante o segundo Grammy.
Nos anos 90, Chaka Khan retira-se na Europa, onde assina algumas discretas colaborações com vários artistas. "The Woman I Am", de 1992, e "Come 2 My House", lançado quatro anos depois, são os únicos trabalhos de originais da norte-americana nesta década, marcada também pela edição de um best of com algumas canções novas, às quais Me'Shell NdegéOcello e Wah Wah Watson, antigo músico de Marvin Gaye, ajudam a dar corpo.