Mostrando postagens com marcador Chuck Berry. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Chuck Berry. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Chuck Berry



Chuck Berry mesclou blues, country e um desafiador olhar jovem em músicas que influenciaram praticamente todo músico de rock que veio depois dele. Em seu melhor trabalho – aproximadamente 40 músicas (incluindo "Round and Round", "Carol", "Brown Eyed Handsome Man", "Roll Over Beethoven", "Back in the U.S.A." e "Little Queenie"), gravadas na maioria na segunda metade da década de 50 – Berry uniu algumas das letras mais ressoantes do pop a toques de blues e country. Dando a Berry o prestigioso prêmio do Kennedy Center Honors em 2000, Bill Clinton disse que ele era “um dos músicos mais influentes do século 20”.

Nascido Charles Edward Anderson Berry em 18 de outubro de 1926, em bairro negro de classe média em St. Louis, Missouri, ele aprendeu a tocar guitarra quando adolescente e se apresentou publicamente pela primeira vez no colegial, fazendo uma cover de “Confessin’ the Blues”, de Jay McShann. De 1944 a 1947 Berry ficou em um reformatório por tentativa de roubo; depois de solto ele passou a trabalhar na General Motors e a fazer um curso para cabeleireiro à noite. Em 1952 ele formou um trio com o baterista Ebby Harding e o pianista Johnnie Johnson, que trabalhou com ele constantemente nas três décadas seguintes, Em 1955 o trio já era uma das bandas de clubes noturnos mais famosas da região de St. Louis, e Berry estava complementando seu salário como esteticista com vários shows. Ele conheceu Muddy Waters em Chicago, em maio de de 1955, e Waters o apresentou a Leonard Chess. Berry tocou a ele uma fita demo que tinha “Ida Red”; Chess trocou o nome para “Maybellene” e mandou para o disc jockey Alan Freed (que ganhou o crédito de compositor no acordo) e Berry conseguiu seu primeiro hit.

                                                                                                                                              Durante 1958 Berry teve diversos hits. "School Day" (número três pop, número um R&B, 1957), "Rock & Roll Music" (número oito pop, número seis R&B, 1957), "Sweet Little Sixteen" (número dois pop, número um R&B, 1958), e "Johnny B. Goode" (número oito pop, número cinco R&B, 1958) foi o maior. Com seu famoso duck walk, Berry foi figura carimbada no circuito de shows em meados dos anos 50. Ele também apareceu em filmes como Rock, Rock, Rock (1956), Mister Rock and Roll (1957), e Go, Johnny, Go(1959)


                    


















No final de 1959, Berry foi acusado de por ter trazido uma garota de 14 anos, que falava espanhol e trabalhava como garçonete e prostitua no Texas, para trabalhar na chapelaria de seu clube noturno em St. Louis – depois que ele a demitiu, ela foi à polícia. Ele foi condenado a dois anos de prisão em Indiana. Quando ele foi solto em 1964, a Invasão Britânica estava acontecendo, com muitas músicas de Berry em discos dos Beatles e dos Rolling Stones. Ele gravou mais alguns clássicos – incluindo “Nadine” e “No Particular Place to Go” – embora tenha sido especulado que elas foram escritas antes da prisão. Desde então ele escreveu e gravou apenas esporadicamente, embora ele tenha tido o single milionário “My Ding-a-Ling” (número um, 1972) e seu último álbum de inéditas, Rockit, de 1979, tenha sido um trabalho considerável. Ele também apareceu em um filme de 1979, American Hot Wax. Apesar de tudo, Berry continuou a fazer shows mundo afora. Na primeira década dos anos 2000, a Hip-O Select lançou relançou todo o material de Chuck Berry gravado no estúdio de Chess nos anos 50 e 60, como Johnny B. Goode: His Complete '50s Chess Recordings (2007) e You Never Can Tell: The Complete Chess Recordings 1960-1966 (2009). Este último inclui um dos melhores shows ao vivo de Berry já gravados, uma performance em cassino de Detroit em 1963. 



Em janeiro de 1986, Berry esteve entre os primeiros artistas a entrarem para o Hall da Fama do Rock and Roll. No ano seguinte ele publicou o livro – às vezes sexual e escatologicamente explícito – Chuck Berry: a Autobiografia e foi tema do documetário/tributo Hail! Hail! Rock 'n' Roll, para o qual seu mais conhecido discípulo, Keith Richards dos Rolling Stones, organizou uma banda de apoio. Problemas com a lei o acompanharam durante os anos. Pouco antes de uma performance para Jimmy Carter na Casa Branca, em junho de 1979, Chuck Berry foi acusado de sonegação de impostos, e ficou 100 dias preso naquele ano. Em 1988, ele pagou uma multa para dar fim a um processo de US$ 5 milhões de uma mulher na qual ele teria dado um soco na boca.Em 1990 a polícia invadiu a casa dele no Berry Park, o complexo de gravação que ele criou nos anos 50, e transformou em complexo de diversões nos anos 80. Encontrando 62 gramas de maconha e fitas de mulheres – incluindo uma que parecia menor de idade – usando os banheiros em um restaurante que pertencia a ele, autoridades levantaram processos de posse de drogas e abuso de menores contra Berry. A fim de encerrar o processo de abuso infantil, Berry concordou em se declarar culpado por posse de maconha. Ele foi condenado a uma pena de seis meses de prisão – que foi substituída por dois anos de liberdade condicional, e uma doação de US$ 5 mil a um hospital local.

Berry continuou a fazer turnês pelo mundo, às vezes com amigos como Jerry Lee Lewis e Little Richard, e se mudou para Ladue, Missouri, perto de St. Louis, onde ele se apresenta regularmente no bar e restaurante Blueberry Hill.